Na Casa Branca, ele tinha profissionais que conheciam os caminhos da lei, mas agora depende de uma equipe inexperiente.
WASHINGTON
Uma juíza da Flórida comunicou a dois advogados que representam Donald Trump. Nenhum dos dois com licença para atuar no Estado, que eles cometeram erros em uma petição de rotina para contestar a batida do FBI na residência do ex-presidente. “O modelo de moção pode ser encontrado na página do tribunal”, explicou a magistrada na ordem judicial. Trump vem espumando de raiva e levantou milhões de dólares de apoiadores ultrajados desde o dia em que agentes federais entraram em sua propriedade e levaram centenas de documentos, alguns ultra secretos.
O erro no pedido de seus advogados oferece um pequeno vislumbre da confusão e da incerteza que a investigação impôs dentro do time de Trump. O caso representa a maior ameaça legal para o ex-presidente em anos, e ele enfrentará essa batalha sem a proteção e a armadura constitucional da presidência.
VIDA DE PLEBEU.
Depois de anos demitindo advogado atrás de advogado, ele teve dificuldade para contratar profissionais e tem agora ao seu lado um grupo pequeno com experiências variadas. Do outro lado, Trump enfrenta um Departamento de Justiça que não é mais controlado por ele, liderado por um secretário que atua dentro das regras, Merrick Garland, que deu início a várias investigações contra o ex-presidente de forma metódica e silenciosa.
Trump é seu próprio diretor de comunicação e conselheiro estratégico, buscando vitórias políticas táticas, por vezes diante do risco de tropeçar em percalços legais. Um exemplo veio na segunda-feira, quando um aliado tornou pública uma carta que o Arquivo Nacional enviou à equipe de advogados.
